Quando planejamos visitar os templos de Angkor, ficamos na
dúvida se devíamos usar um guia. Uma visita guiada geralmente é muito mais
interessante do que apenas ver um monte de monumentos antigos. Aquele corredor com
bustos dos dois lados ganha sentido ao saber que do lado esquerdo são os deuses
e do lado direito os demônios recepcionando quem chega à cidade. Mas nossa
preocupação era se essa pessoa saberia se adaptar ao ritmo das crianças.
Logo que conheci nosso guia, tive um mau pressentimento. Discuti o roteiro que tinha em mente e ele queria cuspir o que estava acostumado (veja o que visitamos aqui). Vi
que ele não tinha entendido a proposta, mas seguimos o meu roteiro. No primeiro
templo (Lara Croft), ele parava para explicar em lugares que as crianças não
podiam se soltar. Não entendi até agora por que ele não andava e explicava. As
informações até eram interessantes, mas as crianças começaram a ficar
impacientes. Socorro!
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Thomas em umas das poucas pausas que tivemos |
Cadê àquela pausa para escalar as pedras com Lucas,
deixar o Thomas engatinhar, brincar de pega-pega??? Isso também afetou nosso
humor. Aí ele começou a repetir algumas informações. Será que era pra gente não
esquecer? Mencionou 10x que a árvore que cresce pelo templo é a “silk tree”. Já
estava até com raiva daquela árvore de tanto ouvir o nome dela (risos).
Saímos de lá e passamos rapidamente em outros templos. Ele
explicou um pouco a história e fomos pra Angkor Thom. Já estávamos bem cansados
(nós e as crianças).
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Cara de cansado do Lucas |
Mas acho que começamos a ignorá-lo e deixar o Lucas escalar,
pular janela, etc. Ao final, tinha uma parede cumprida com gravuras relatando os costumes da época. Muito interessante, mas estava todo mundo
exausto. Lucas queria colo toda hora. Eu pedi para ele focar nas mais famosas
ou nas mais interessantes. Mas não foi assim que ele aprendeu!
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Painel com diversas gravuras |
Ele falou todos
os detalhes de cada gravura! Após visitar o templo de Bayon, falamos que íamos almoçar no hotel, mas ele queria comer no parque e continuar os templos à tarde. Que
parte ele não entendeu que a gente queria ir só pela manhã?
Pra não falar que o guia foi inútil, ele tirava foto da família e mostrava os
melhores pontos para as fotos ficarem parecidas com os cartões postais. Mas é só observar os outros guias e tirar a
foto do mesmo lugar.
Pra resumir, nossa experiência foi péssima! Como disse no
início, uma visita guiada pode ser muito interessante. No nosso caso foi uma
catástrofe. Acredito que faltou flexibilidade por parte do nosso guia. Demos
azar. Comparamos com os guias que vimos com outras famílias. Eles brincavam com
as crianças, ensinavam poses engraçadas para as fotos, até carregar a criança no
colo nós vimos. Enquanto o nosso cuspia as informações decoradas. E não foi por
falta de pedir um guia child-friendly. Nos outros dias fomos sem guia e o
stress foi muito menor! Fizemos até o nascer do sol! Mas vale a pena ler sobre
a história dos templos após a visita (se você já não tiver lido um pouco para planejar, o
que me ajudou bastante).
Você já passou por uma situação semelhante? Conte para nós nos comentários.
Observação: Lucas tinha 2,5 anos e Thomas tinha 7 meses quando visitamos Siem ReapMarcadores: Camboja, Siem Reap